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A mostrar mensagens de janeiro, 2018

Perdi-te sem aceitar retorno

Perdi-te! E soube que te tinha perdido antes de tu te teres encontrado! Quando o espaço entre as palavras ia sendo maior e o silêncio deixou de fazer sentido. Sim, eu perdi-te quando o silêncio deixou de fazer sentido! Quando a tua preocupação passou a ser o nó de gravata em vez do beijo antes de saíres. Quando o teu aconchego nas noites frias passou a arrefece-las ainda mais. Eu apercebi-me de que te estava a perder quando olhavas para mim e não me vias por dentro; quando o vazio dos teus olhos passou a ser rotina.  E eu? Eu nada fiz para que fosse diferente. Não pus um cobertor sobre nós nas noites de inverno, não comentei quando o silêncio se tornava, vê lá tu, constrangedor. Ajudei-te no nó de gravata e ignorei o teu olhar, já sem brilho. Fi-lo porque o amor não são remendos. Não são promessas em vão, nem pedidos de mudança. Nunca te ia pedir que mudasses...  Limitei-me a  garantir a tua sinceridade e, no meio de todos os teus rodeios, cumprias. E isso bastava. E bastou para per

Para ti, Ana

[Para a minha amiga Ana] Raramente me dá razão, mas insiste em responder a todas as minhas ideias estúpidas. Ele sabe que me pode fazer crescer. Não percebe tudo o que digo, até porque às vezes nem sequer faz sentido, mas prefere acenar a cabeça com entusiasmo. Ela sabe como me calar. Respeita o que digo e o que como (sobretudo o que como) e sabe que o que me faz mais feliz é um bom prato de comida. Ela sabe que eu não tenho prato favorito. Não percebe a minha energia e solta um sorriso já cansado quando se cansa de me ouvir. Ela sabe que eu preciso que ela me ouça. Conto histórias e sentimentos, sou melosa numas vezes e indecisa noutras, mas ela gosta de olhar para mim e fazer-me sentir pequena. Ela sabe que eu exagero e que vivo intensamente. Não acredita em príncipes encantados nem em super heróis. Não acredita no sucesso sem trabalho e secalhar nem acredita no sucesso. Para ela não há limites e prefere a racionalidade e os pés na terra. Sim... eu uso os pés no ar e ela na t

Ele na minha vida e uma vida cheia

O mundo pode estar a cair, que o brilho nos olhos vai ser o mesmo. O mundo pode estar a cair, mas a calma e a paciência mantém-se. O mundo pode estar a cair, que ele faz exatamente o que tem de fazer e no tempo certo. O mundo pode estar a cair, mas eu quase que garanto que o sorriso não se altera e que o abraço tem a mesma força. O mundo pode estar a cair – e ele vai ter medo de certeza – mas a preocupação vai para os que estão à sua volta. Sabes? O mundo pode até nem estar a cair, mas a verdade é que o meu cai sempre que estou com ele. Ele é o meu refúgio, o meu respirar fundo, o meu “estou a salvo”. E eu nunca me conheci tão segura desde há uns meses para cá. Sabe ouvir sem pressas e desencanta tempo dos bolsos quando o relógio não deixa de outra forma. (E são tantas as vezes!) Faz-me acreditar que tempo são cinco letras juntas e que não há limites por muito que digam que o dia tem 24h. Ele sabe que não tem. Ele sabe que limites são criados por nós e prefere viver sem eles.